Olá,
galera! Aqui estamos com mais uma coluninha sobre RPG, desta vez
enfocando um tipo de material que não é tão recorrente nesse mundinho
dos jogos gratuitos, que são os sistemas genéricos. De fato, quando se
trata de RPGs gratuitos o mais comum é encontrarmos sistemas específicos
para determinado gênero (e em sua maioria esmagadora, fantasia
medieval), assim sendo, o FUDGE, da editora americana Grey Ghost Press, é uma grata exceção.
E
o que, exatamente é o FUDGE? Já me referi a ele como um
sistema genérico, mas a coisa vai um pouco mais além; creio que ele pode
ser melhor definido como uma estrutura genérica para a criação de
jogos. Em vez de oferecer um conjunto de atributos fechados, por
exemplo, o mestre é quem tem a oportunidade de definir quais atributos
serão usados em sua aventura/campanha. Isso, somado a um sistema de
perícias e vantagens/desvantagens (aqui batizadas de bêncãos e falhas,
respectivamente) garante que seja possível recriar seu sistema de jogo
favorito ou, ainda melhor, criar uma mescla de seus sistemas de jogo
favoritos como um todo coeso. De fato, é possível mesclar o sistema de
combate de D&D com o de magias de GURPS e netrunning de
Shadowrun, por exemplo. Bem como é possível criar um sistema que use o
mínimo possível de regras e rolagem de dados, uma vez que é possível
definir níveis de atributos e perícias simplesmente através de
adjetivos, em vez de números. Para os fãs da atual tendência de jogos
mais narrativistas, este é sem dúvida um prato cheio!
Por
fim, vale mencionar que há uma bela versão traduzida para o português
brasileiro (feita por Fábio Emílio Costa, responsável pelo antigo Fudge Brasil, que ainda está no ar e pelo mais atual blog +4)
rolando internet afora pelo menos desde 2008, portanto não há desculpa
para ficar sem nem ao menos experimentar esta maravilha, que já tem sua
base de fãs fiéis mundo afora e que pode bem ser uma solução para fãs de
um certo sistema genérico cuja editora não tem dado muita atenção para a produção de suplementos.